Canção
Grávida, colha a mandrágora,
Diga onde o passado se esvai,
Sobre a pata do diabo indaga.
Ensina-me o canto das sereias
Ou a afastar as invejas alheias
E espera
O vento soprar
Que faz a mente prosperar
Se nasceste com raras visões,
Que o inísivel percebem,
Monte dez mil dias alazões,
O tempo tinja tuas cãs de neve.
Então, ao voltar não sonegues,
Das maravilhas vistas, descrições
E jure
Que nunca houve
Mulher, sincera, de bela face...
Uma só encontrasses, me dirias
Que tal peregrinação seria doce,
Mas não, eu não a faria
Nem que vizinha de porta fosse;
Sincera quando a descobriste,
Ela porém,
Saberá bem
Ser falsa, com um, e com outro também.
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