sexta-feira, 4 de abril de 2014

Eu li, eu assisti, e eu ri..



Bem depois de tempos com vontade de ler "O Auto da Compadecida" eu finalmente encontrei um exemplar, e li, em duas horas, devido há tamanha diversão que esse livro me trouxe, achei incrível, engraçado, divertido, e com críticas digamos, interessantes.
Sinopse:O “Auto da Compadecida” consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.O que eu Achei: Legal, divertido, interessante, simplesmente vale.O filme, é ótimo também, e bem fiel ao livro, o livro é adaptado para o teatro, então lendo você ainda tem uma atmosfera diferente, entende?Mas acho o filme ótimo, um elenco ótimo, e as críticas são engraçadas, porém não deixam de ser críticas.
O Auto da Compadecida : Poster
Encontrei o filme completo no youtube, e o pdf do livro, deixarei os links porque realmente, são ótimos trabalhos.

http://lelivros.us/book/auto-da-compadecida-ariano-suassuna/

domingo, 30 de março de 2014

Bom dia Tristeza...


Primeiro tenho que dizer que ao ver o título desse livro lembrei imediatamente da música de Vinícius de Moraes, cantada por Adoniran Barbosa, "Bom dia Tristeza"..


"Bom dia, tristeza
Que tarde, tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você

Se chegue, tristeza

Se sente comigo
Aqui, nesta mesa de bar
Beba do meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar..."

Mas, vim falar do livro de Françoise Sagan, vamos lá.
Sinopse:Na França pós-guerra, a jovem Cécile e seu pai viúvo Raymond aproveitam as férias numa agradável casa da Riviera. Após alguns anos em um colégio interno, essa é a primeira oportunidade que a adolescente tem para se aproximar do pai. Imediatamente ela se encanta pelo estilo de vida dele e, juntos, passam a desfrutar de uma rotina prazerosa e descompromissada. Quando Raymond resolve se casar com a conservadora madrinha de Cécile, a jovem percebe que está com a liberdade em jogo e decide pôr um fim ao casamento. Mas o plano toma um rumo inesperado, alterando tragicamente aquela vida confortável.
O que eu achei: Bem, a minha edição não é essa, é de 1954, só pela delicadeza da edição fiquei deslumbrada, sim, gostei da história, achei meio cansativo em alguns momentos, mas o final, as três palavras finais, há, valeram, pra mim foi poético, sensível e delicado, o livro inteiro valeu pelo fim, o começo é meio sem sal, mas recomendo.

sábado, 29 de março de 2014

Mais um de Dostoiévski

Eu li "A Senhoria" de Dostoiévski, ganhei o livro de uma amiga, ela sabendo do meu amor literário, logo acertou o presente, sem dúvida nenhuma né?

A SenhoriaSinopse: Em 20 de outubro de 1846, Dostoiévski escrevia a seu irmão - Todos os meus planos foram por água abaixo e ruíram por si mesmos... Abandonei tudo (que estava escrevendo), já que isso não passava de uma repetição de coisas velhas. Agora idéias mais originais, vivas e luminosas brotam de mim no papel... Estou escrevendo outra novela, e o trabalho vai de vento em popa, está saindo com facilidade e frescor, como nunca... A novela a que Dostoiévski se referia com tamanho entusiasmo era A senhoria , que viria à luz no ano seguinte. Ao contrário de suas expectativas, entretanto, Bielínski - o mais influente crítico literário da época - tratou a obra como um disparate, fruto da fantasia mirabolante do autor. De fato, as inovações que Dostoiévski introduziu com relação ao foco narrativo - bem como a trama que liga o intelectual e sonhador Ordínov à figura misteriosa de Katierina - permaneceram totalmente incompreendidas em seu tempo. Só no século XX, uma nova geração de leitores iria reconhecer neste livro, escrito quando o autor tinha 26 anos, uma obra-prima que antecipa Memórias do subsolo (1864) e seus grandes romances da maturidade. Pela primeira vez em tradução direta do russo, A senhoria conta, nesta edição, com 14 xilogravuras de Paulo Penna e um esclarecedor posfácio de Fátima Bianchi, no qual a tradutora reconstitui o conturbado ambiente literário da época, destacando a atualidade da contribuição de Dostoiévski.



O que eu achei: Bem é uma obra tumultuada, não é tão fácil de entender, talvez essa coisa meio perturbada exista devido ao momento do autor durante a concepção dessa obra, mas eu tive digamos que um "insight" e o que estava confuso tornou-se, claro após alguns acontecimentos, não é a melhor obra de Dostoiévski, mas vale.


Frases que eu grifei:


" - Dizem que os livros estragam as pessoas - disse ela, meneando a cabeça pensativamente. - Você gosta de ler nos livros?"

" (...) Via-se turbilhonando como um grão de poeira por todo o universo infinito, estranho e sem saída, via como toda essa vida, com sua conturbada independência, o esmagava, o oprimia, e o perseguia com uma ironia eterna, infinita, sentia-se morrendo, sendo reduzido a pó e acinza para todo sempre, sem esperança de ressurreição; queria fugir, mas, em todo o universo, não havia um canto onde pudesse se esconder."


"(..) Mas, se vier a deixar de me amar - então não diga nada, não desperdice palavras. não se dê o trabalho, a um simples franzir de sobrancelhas bastas e de zibelina, a um piscar de seus olhos negros, a um movimento de seu dedo mindinho, eu lhe restituirei seu amor com sua liberdadezinha dourada; só que nesse instante, minha bela orgulhosa, intolerante, terá fim também minha vida!"

" A paixão de Ordínov era como uma arma apontada para ele mesmo."

P.S.: Eu grifei mais trechos mas só coloquei esses trechos, porque os trechos são escolhidos na sorte. A imagem foi retirada do site:http://livraria.folha.com.br/livros/romance/senhoria-fiodor-dostoievski-1011848.html

domingo, 23 de março de 2014

Tá na Larica?

Bem, eu adoro programas culinários, sim, adoro conhecer receitas, saber o modo de preparo e essas coisas.. E há um tempo atrás, eu vi na televisão um programa chamado "Larica Total" no canal "Brasil", um programa animado, que muda um pouco aquela imagem, de coisa limpa, receitas super bem sucedidas, a ideia é fazer das receitas algo simples, engraçado, em uma cozinha possível de ter em casa (nada daquela limpeza impecável), digamos assim um programa de receitas engraçado para iniciantes.


Assim, assisto esse programa mais porque é engraçado, as receitas que o Paulo passa são básicas, mas acho um ótimo incentivo para ir pra cozinha.



Preciso assumir uma coisa, ás vezes quando ele corta os ingredientes direto na mesa, isso me irrita. Mas melhor do que contar e falar sobre, é mostrar, segue a baixo os videos com os episódios. O programa passa todo domingo às 00:00 no canal Brasil.




"HMMM, nossa tá longe de ficar pronto."

 "Enforque-se na liberdade, faça o que quiser da sua vida, mas não morre, porque morrer, acabou, fica vivo tá? Onde você estiver, fique vivo e se  não voltar, fique lá, bem, feliz, e mande um sinal pra dizer para os seus amigos que você foi e não voltou mais, mas você tá bem pô. Um beijo à todos vocês que não voltaram mais, um abraço à vocês, e não precisa voltar, que aqui tá a mesma merda, vamos cozinhar.."

sábado, 22 de março de 2014

Um bom programa

Sempre procuro bons vídeos no youtube, coisas interessantes, e em uma de minhas buscas encontrei o programa "De Lá pra Cá", o programa é exibido no canal "TV Brasil", mas eles disponibilizam o programa completo no youtube, trazendo informações sobre várias pessoas influentes na nossa cultura.

O programa*

Um momento histórico, um lugar ou um personagem da História do Brasil conduzem os apresentadores Ancelmo Gois e Vera Barroso nessa descoberta do que mudou “de lá pra cá”. Eles conversam, de maneira descontraída, com personalidades que participaram da vida nacional. Os participantes relatam suas memórias de episódios importantes e analisam as mudanças ocorridas ao longo do tempo.
O formato do programa permite análises, perguntas e opiniões de convidados e populares. Com 30 minutos de duração, De Lá Pra Cá viaja pelo país em busca dos personagens que participaram destas histórias.

Apresentação*

Ancelmo Gois e Vera Barroso

Equipe*

Direção Geral José Araripe Jr
Direção Carolina Sá
Diretor assistente Daniel Saturnino
Roteiro Marcio Parente
Produção Executiva Tathiana Targine
Assistente de Produção Márcio Maia
Pesquisa Sara Vinhal
Estagiária Camille Perisse
Edição Vitor Leobons
Gerência de Documentação e Pesquisa Lacy Barca
Gerência de Operações Luiz Nascimento
Cinegrafistas Alex Sarder, Sérgio Lourenço e Rogério Pereira
Auxiliar de Câmera Leandro Neves
Iluminação Renato Silva, Renato Machado e Antônio Carlos
Operadores de Áudio Jorge Madeira e Luiz Quinto
Gerência de Criação e Produção de Arte Zé Ricardo Marinho
Videografismo Marão e Gunga Guerra
Figurino Rubem Cunha
Maquiagem e Cabelo Miriam Cabral e Fátima César
Trilha sonora de Abertura Orquestra Portátil/Maurício Carrilho e Pedro Aragão
Gerência de Programas Especiais José Araripe Jr - RJ, Bianca Vasconcellos / SP e Cintia Vargas - DF
Editores regionais de Jornalismo Aziz Filho - RJ, Florestan Fernandes Júnior - SP e Flávia Mello - DF
Diretora de Jornalismo Nereide Brandão
* Informações retiradas do site: http://tvbrasil.org.br/delapraca/sobre/

sexta-feira, 21 de março de 2014

Quando a gente terminou




Parei pra pensar, pra relembrar, o exato momento em que dentro da gente aquele amor mudou, em que dentro de mim aquilo começou à pesar, à fazer menos sentido, e sabe onde foi? Aquele dia em que te devolvi teu pijama que você tinha esquecido em minha casa, naquele momento não quis mais guardar algo teu pra de certa forma obrigar você a voltar pra cá. Eu simplesmente devolvi o pijama, eu disse nas entrelinhas não, você não precisa voltar, dentro de mim, no meu interior eu te deixei ali, devolvendo seu pijama, cortando o vínculo de necessidade de voltar, e amar e voltar, e se você não iria voltar não me amaria mais, e se eu não queria que voltasse logo não te amava mais também, o fim é isso, é devolver, é abrir mão, foi ali que tudo acabou.

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 "(...) Eu vou cantar meu caminho para longe da tristeza
Eu vou encontrar outra você
Veja, quando eu era seu amante
Ninguém mais poderia
E se eu sou obrigado a achar outra
Eu espero que ela se pareça com você
E seja mais legal também
Então continue, querida
Faça a sua pequena fuga
O meu orgulho me fará companhia
E você apenas perdeu todo o seu
Oh, agora eu me vestirei para dois
Uma vez pra mim e outra para alguma pessoa nova
Eu vou fazer coisas que você não me deixaria fazer."
                                                 I'm Gonna F|ind Another You - John Mayer

sexta-feira, 7 de março de 2014

Pra dar nó.


Estava viajando, fui para minha cidade favorita, pra minha cachoeira favorita, sentei em uma pedra, e fiquei olhando a água passar, pensando que eu era um rio, sempre fluindo, indo, independente do quê e porquê, quando percebo, há um moço, meio velho, moreno, com uma máquina, me enquadrando no retrato, aquilo de certa forma me incomodou, virei a cara, olhei pro outro nada.

Tempos depois, ele me viu e disse:
- Poxa, queria ter tirado uma foto sua.
Eu ri e disse:
- Não gosto de fotos.
Ele nem ouviu o que eu disse direito e respondeu :
- Você é muito bonita, estava tão natural, eu quis fotografar pra gravar o momento, mas aí você travou, fiquei meio constrangido, só quis tirar a foto pra guardar, você estava muito bonita.
Eu fiquei sem graça nessa hora, ri sem jeito e falei;
- Há muito obrigada...
Ele ainda repetiu umas três vezes  "você é bonita, nunca se esqueça disso", logo disso conclui, que entenda caro leitor eu "travei", isso é claro, acho que ao espontânea sou bonita, o jeito e deixar ser, mas observe a tamanha poesia, eu sou o retrato que aquele moço nunca vai ter, e não esquecerei que sou bonita, ele disse só bonita, o que dá espaço pro feio, o que torna bonito na peculiaridade.