sábado, 29 de março de 2014

Mais um de Dostoiévski

Eu li "A Senhoria" de Dostoiévski, ganhei o livro de uma amiga, ela sabendo do meu amor literário, logo acertou o presente, sem dúvida nenhuma né?

A SenhoriaSinopse: Em 20 de outubro de 1846, Dostoiévski escrevia a seu irmão - Todos os meus planos foram por água abaixo e ruíram por si mesmos... Abandonei tudo (que estava escrevendo), já que isso não passava de uma repetição de coisas velhas. Agora idéias mais originais, vivas e luminosas brotam de mim no papel... Estou escrevendo outra novela, e o trabalho vai de vento em popa, está saindo com facilidade e frescor, como nunca... A novela a que Dostoiévski se referia com tamanho entusiasmo era A senhoria , que viria à luz no ano seguinte. Ao contrário de suas expectativas, entretanto, Bielínski - o mais influente crítico literário da época - tratou a obra como um disparate, fruto da fantasia mirabolante do autor. De fato, as inovações que Dostoiévski introduziu com relação ao foco narrativo - bem como a trama que liga o intelectual e sonhador Ordínov à figura misteriosa de Katierina - permaneceram totalmente incompreendidas em seu tempo. Só no século XX, uma nova geração de leitores iria reconhecer neste livro, escrito quando o autor tinha 26 anos, uma obra-prima que antecipa Memórias do subsolo (1864) e seus grandes romances da maturidade. Pela primeira vez em tradução direta do russo, A senhoria conta, nesta edição, com 14 xilogravuras de Paulo Penna e um esclarecedor posfácio de Fátima Bianchi, no qual a tradutora reconstitui o conturbado ambiente literário da época, destacando a atualidade da contribuição de Dostoiévski.



O que eu achei: Bem é uma obra tumultuada, não é tão fácil de entender, talvez essa coisa meio perturbada exista devido ao momento do autor durante a concepção dessa obra, mas eu tive digamos que um "insight" e o que estava confuso tornou-se, claro após alguns acontecimentos, não é a melhor obra de Dostoiévski, mas vale.


Frases que eu grifei:


" - Dizem que os livros estragam as pessoas - disse ela, meneando a cabeça pensativamente. - Você gosta de ler nos livros?"

" (...) Via-se turbilhonando como um grão de poeira por todo o universo infinito, estranho e sem saída, via como toda essa vida, com sua conturbada independência, o esmagava, o oprimia, e o perseguia com uma ironia eterna, infinita, sentia-se morrendo, sendo reduzido a pó e acinza para todo sempre, sem esperança de ressurreição; queria fugir, mas, em todo o universo, não havia um canto onde pudesse se esconder."


"(..) Mas, se vier a deixar de me amar - então não diga nada, não desperdice palavras. não se dê o trabalho, a um simples franzir de sobrancelhas bastas e de zibelina, a um piscar de seus olhos negros, a um movimento de seu dedo mindinho, eu lhe restituirei seu amor com sua liberdadezinha dourada; só que nesse instante, minha bela orgulhosa, intolerante, terá fim também minha vida!"

" A paixão de Ordínov era como uma arma apontada para ele mesmo."

P.S.: Eu grifei mais trechos mas só coloquei esses trechos, porque os trechos são escolhidos na sorte. A imagem foi retirada do site:http://livraria.folha.com.br/livros/romance/senhoria-fiodor-dostoievski-1011848.html

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